Uma corda circunda meu pescoço...
Uma corda grossa, áspera e sem esforço,
Espera as ordens de chutar ao banco
E me despencar do barranco.
Ô corda infame
Como cobra inane
Encolhidinha à espera da sorte
E da comida pra dar o bote
E vem como quem não quer nada
Pra não me deixar apavorada
Desce pelos meus cabelos
Tremendo-me os joelhos
Espirais soltos no ar
Em lentas curvas a pousar
Delicadamente sobre minha pele
Sem se mostrar que fere
Mais repele...
Toda a tentativa frustrada de evitar o nó
Que se forma a cada volta
Apertando a maçã proibida
Aquela q palpita
Quando o ardor é suficiente
Pra permitir q a dor escape pelos poros
Quando a boca não consente...
Nenhum comentário:
Postar um comentário