segunda-feira, outubro 10, 2005

gravidade

Como um mata borrão a vida me esmaga contra uma folha de papel, me transformando em mais um personagem de história de livros. Sem saber o que vai ser de mim ao virar da próxima página.

E eu ando pelo rodapé esperando que alguma mão amiga me ajude a transpor tamanho obstáculo imposto por uma simples página.

E assim, a cada passo, aspiro o cabeçalho na minha utópica jornada de ascensão, mas que não pode lutar contra essa maldita gravidade...

Força que vem não sei de onde, mas com destino certo: pra baixo! E bem em cima da minha cabeça como um martelo batendo num prego em direção à parede que resiste a essa intrusão.

E com toda essa intensidade, derruba meu ânimo, meus sonhos, minha perseverança, minha esperança... Penduradas por um frágil fio apreensivo pela sua breve vida.

Agora, meu esforço está em segurar esse fio, de mantê-lo ainda atrelado a mim de alguma maneira... Pra mim! Por mim!

Pq a bunda e os peitos eu posso deixar que ela leve, mas meu coração não!