Acordei depois de um sono agitado. A casa cheia de gente que nunca vi. Muitas crianças... Skates, bolas e bolinhas, ping-pong, corre-corre, esconde-esconde, velocípede e caminhão. Uma só diversão. Antes fosse tudo muito bom, mas eu não estou em casa e que casa, hein? Mais pra casarão. Se naum fosse um apartamentão...
Rostos conhecidos e outros não caminham como se o papel a desempenhar ali fosse apenas a repetição do que acontece todo dia. Mas eu não sei o que faço ali. Até perceber que a casa de Di é a nossa casa. Minha, dele, de pi e do galego. Tá, mas e as crianças? Sei lá quem são essas crianças... Pode até ser que um dia eu realize o sonho de expandir meu instinto maternal a um número expressivamente parecido com o de uma creche, mas agora eu naum posso comprar nem meu leite... haja instinto! Mas dona Edna e seu Dídimo tão lá tb, até Bete e Biu.
Depois de passado o susto, tento me lembrar o pq da inquietação com a qual levantei da cama e quem eu procuro. Sim, eu preciso dizer algo a alguém, mas o quê?
Precisamos sair dali, daquele lugar aparentemente tão grande, iluminado e alegre. Pq ninguém pode viver numa ilha, e era exatamente onde estávamos.
Ninguém escuta os estrondos... O sol forte e o céu azul junto com a gritaria das crianças escondem o que não vemos do 15º andar.
A gente mora na beira do rio?
Rio?!?!?! Que rio?!?!?
Esse onde o pessoal tá surfando...
Eita, é por isso que tá esse barulho todo, né?
São as ondas batendo no prédio...
Vamo embora!!! Olha como as crianças estão alegres...
Pena que já acordei...
Um comentário:
a gritaria e a felicidade destas crianças é, nada mais nada menos do que a nossa. e quando elas choram e querem acordar... também. :) gosto muito de tu, menininha. um beijo grandão.
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